Decisão sobre o blog e o motivo...

Oi

Voltei para vos dar as novidades. No outro dia eu tive um momento de recaída e não sabia o que fazer, mas lembrei-me que o blog é algo que posso usar a meu favor e desfazer-me dele seria tirar um pouco da voz dentro de mim. Falam em liberdade de expressão, mas acaba sendo uma ilusão para alguns casos. Como quando um homem se expressou honestamente ao Presidente e pagou multa... Por isso o blog vai permanecer intacto.

Amanhã vou fazer a segunda fase do meu exame de português. Quando soube que tinha tido negativa fiquei chocada. Sim, chocada é o termo certo. Vou explicar porquê:

Desde criança que os livros e a língua portuguesa fizeram parte de mim - e fazem - então não foi de esperar que acabasse sendo a minha disciplina predilecta na escola. Eu adorava escrever e ler contos. Muita gente disse que tinha talento.

O tempo passa e quando dei conta do modo como ensinavam realmente português na escola desanimei um pouco. Contudo não deixei de mostrar o meu apreço pela língua e fui bem sucedida.

Acabei o secundário com a média de 17 e a minha felicidade foi tremenda.

Passei então o tempo antes dos exames a estudar e a descansar fazendo o que gosto. Estudei a gramática de trás para a frente e li tudo o que podia sobre os autores estudados. No fim fiz exames anteriores como preparação e fiquei satisfeita com o que estudara.

O resto já sabem. Quando vi as pautas, no dia que postei, descobri a negativa.

Essa negativa foi a gota de água porque com ela não posso entrar na universidade.

Não sou caso único. Dezenas, centenas, nem sei, estão na mesma situação que eu e por causa de um exame que não correu nas devidas condições o nosso futuro ficou limitado.

A disciplina devia ser a específica para entrar na universidade! Não devíamos estar presos a um bocado de papel que nos é dado em férias com os nervos à flor da pele!

Se ao menos os exames fossem realmente exames sobre português. Os autores que estudamos são relevantes para muita gente mas não deviam ser obrigatórios como plano de estudo. Temos de decifrar a mente de cada um o que é um absurdo.

As perguntas no exame não têm cabimento. Muitas delas são subjetivas. O minha maneira de pensar é diferente do meu colega do lado. Sabido, está também que os poetas não pensaram ou tiveram, na maior parte das vezes, a intenção que nos fazem ver que tiveram.

O escritor vai mesmo pensar: meti esta frase com uma enumeração porque o fulano está tão perdido da vida que tudo o que via era importante para voltar à realidade. Possivelmente não.

E as regras na correção dos exames são deveras demais.

É por isto que estou chocada.

Esta é a minha opinião sincera sobre a educação no domínio da língua portuguesa. Se cometi erros de ortografia peço desculpa.

Sei que muitos pensarão que sou uma jovem revoltada por ter tido negativa e por isso ter escrito tudo isto. Não. Eu escrevi tudo isto para vos fazer ver mais além.

Agradeço quem leu tudo. E também àqueles que no último post me mandaram comentários de apoio.